Reunião em Alter do Chão discute segurança pública e propõe criação de fórum permanente
11/11/2025
(Foto: Reprodução) Autoridades e moradores reunidos para discutir sobre a segurança vila de Alter do Chão.
Divulgação
A segurança pública em Alter do Chão, vila turística de Santarém, oeste do Pará, foi o principal tema de uma reunião realizada na noite de 6 de novembro, na comunidade local. O encontro, presidido por Iure Dias, reuniu representantes da Polícia Militar, lideranças religiosas, educadores e moradores para discutir a escalada da violência e as falhas estruturais no policiamento.
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Ao abrir a assembleia, o presidente destacou o crescimento da vila e informou que três terrenos foram oferecidos à Polícia Militar do Pará (PMPA) para implantação da Companhia Independente de Policiamento Turístico (CIPTUR). Segundo ele, o espaço escolhido foi o campo do Cebinho, no bairro União I. Dias também alertou sobre a ausência de um escrivão da Polícia Civil na vila, o que compromete o andamento de investigações.
O padre José Boing reforçou que a segurança é uma responsabilidade coletiva, sugerindo a criação de um fórum permanente e de um plano comunitário de ação. Ele defendeu políticas de polícia comunitária, justiça restaurativa e ações ambientais como a recuperação de igarapés e conscientização da população.
O professor Cleuton Waughan explicou que o projeto de segurança encaminhado ao deputado federal Henderson Pinto já chegou a Brasília, destacando que esta foi a primeira assembleia proposta por um comandante da PM em Alter do Chão.
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O sargento J. Filho, do 2° PPD, relatou aumento de ocorrências ilícitas em outubro e pediu maior engajamento da comunidade. Ele também sugeriu a criação de um canal direto entre a população e a Polícia Militar, denunciando ainda a carência de efetivo e a ausência de policiais civis na vila.
Entre os moradores, as manifestações refletiram tanto indignação quanto sugestões práticas. Houveram críticas sobre o uso de grupos de WhatsApp para divulgar operações policiais, enquanto outros defenderam os artesãos e visitantes conhecidos como “Hippies”, afirmando que são injustamente culpados por problemas locais.
Demais moradores relataram preocupações com som alto, consumo de drogas e violência, especialmente na Praça 7 de Setembro e no Centro de Atendimento ao Turista (CAT). Um deles afirmou que a praça “se tornou um local privado” e denunciou suposta conivência com o tráfico, pedindo união entre as associações. Já outra moradora propôs a criação de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e programas de inclusão.
Ao final, foram definidos encaminhamentos práticos:
Elaboração de um relatório com base na ata para envio às autoridades competentes — e, se necessário, ao Ministério Público;
Criação de um grupo de WhatsApp entre associações comunitárias e
Envio de ofício à Secretaria de Trabalho e Assistência Social (SENTRAS) solicitando a retirada de pessoas em situação de alcoolismo da praça central.
A reunião foi encerrada por volta das 21:00, com assinatura de todos os presentes, consolidando o compromisso conjunto de transformar as discussões em medidas concretas pela segurança da vila.
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