Megaoperação no RJ: 'crimes no Pará são ordenados por líderes de facções que atuam no Rio', diz secretário do PA
29/10/2025
(Foto: Reprodução) Secretário de Segurança do Pará fala sobre operação que teve alvos paraenses no Rio
O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado, afirmou nesta quarta-feira (29), que parte dos crimes registrados no estado, como extorsões e mortes de agentes públicos, além do tráfico de drogas, são ordenados por lideranças criminosas paraenses que atuam no Rio de Janeiro.
A declaração foi dada após a megaoperação da Polícia Civil do Rio, realizada na terça-feira (28), que, até o momento, deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.
Entre os 100 alvos da operação, estavam 32 paraenses investigados por envolvimento com tráfico de drogas, homicídios, roubos e organização criminosa. Segundo o secretário, esses integrantes davam ordens de crimes cometidos no Pará mesmo estando fora do estado.
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“Muitos procuram o Rio de Janeiro para se refugiar e também para dar ordens de lá. Com investigações em andamento, foram cumpridos 32 mandados de prisão de pessoas do Pará que estavam atuando nos complexos da Penha e do Alemão”, disse Ualame Machado.
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Reuters/Ricardo Moraes
Alvos paraenses da operação
Até o momento, o balanço oficial da segurança pública do estado aponta que 10 paraenses foram encontrados durante a ação: quatro foram presos e seis morreram na megaoperação. Esse número ainda pode aumentar conforme avançam os levantamentos.
A Polícia Civil do Pará afirmou que participou da operação por meio da troca de informações com a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A operação, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, teve como principal objetivo desarticular o controle do Comando Vermelho sobre territórios estratégicos da Zona Norte da capital fluminense.
Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ saíram para cumprir 100 mandados de prisão. Na chegada das equipes, ainda no fim da madrugada, traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas. Um vídeo mostra quase 200 disparos em 1 minuto, em meio a colunas de fumaça (assista aqui).
A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com drones. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à disparada de bandidos em 2010, quando da ocupação do Alemão.
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